segunda-feira, 14 de junho de 2010

Preâmbulo de Zaratustra


Neste primeiro post venho trazer um pouco de algo que não é meu, mas todos acabamos sendo influenciados por leituras, filmes, músicas e toda a arte e cultura num geral que tocam seus interesses.

O livro "Assim falou Zaratustra" do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, escrito em linguagem semi-bíblica, traz o filósofo que sob a máscara do lendário sábio Persa, fundador do Zoroastrismo, mostra sua filosofia do eterno retorno e do super-homem. Abalando a moral cristã e afirmando a necessidade de novos valores.

O livro em si não deve ser encarado com uma missão anti-religiosa ou religiosa muito menos, não é uma bíblia alternativa nem palavras de um Deus, apesar de que muitos vêem dessa maneira. Pode se tirar pontos positivos e negativos desta leitura, mas nem por isso ela deixa de ser essencial para aqueles que gostam de filosofia.

Certamente a leitura de "Zaratustra" será de fatores inovadores, questionadores e no mínimo intrigantes. Da onde surgirão frases sábias a se guardar, lições interessantes, mudança e até um grande "que" de loucura.

Mas a filosofia é assim, é isso, e se o mundo assim permitir continuará sendo.

O livro pode ser encontrado em qualquer livraria por várias editoras diferentes. Indico a livraria online www.livrariasaraiva.com.br, onde pode ser encontrado pelo preço de R$ 9,70 pela editora Martin Claret. Bastante acessível.

Pra quem se interessa ou não fica um trecho que é a introdução do livro.

O preâmbulo de Zaratustra.

"Aos trinta anos apartou-se Zaratustra da sua pátria e do lago da sua pátria, e subiu até as montanhas. Durante dez anos gozou por lá do seu espírito e da sua soledade sem deles se cansar. Variaram, porém, os seus sentimentos, e uma manhã, erguendo-se com a aurora, pôs-se em frente do sol e falou-lhe deste modo:

-Grande astro! Que seria da tua felicidade se te faltassem aqueles a quem iluminas? Faz dez anos que te abeiras da minha caverna, e, sem mim, sem a minha águia e a minha serpente, haver-te-ias cansado da tua luz e deste caminho.

Nós, porém, esperávamos-te todas as manhãs, tomávamos-te o supérfluo e bemdizíamos-te.

Pois bem: já estou tão enfastiado da minha sabedoria, como a abelha que acumulasse demasiado mel. Necessito mãos que se estendam para mim.

Quisera dar e repartir até que os sábios tornassem a gozar da sua loucura e os pobres da sua riqueza.

Por isso devo descer às profundidades, como tu pela noite, astro exuberante de riqueza quando transpões o mar para levar a tua luz ao mundo inferior.

Eu devo descer, como tu, segundo dizem os homens a quem me quero dirigir.

Abençoa-me, pois, olho afável, que podes ver sem inveja até uma felicidade demasiado grande!

Abençoa a taça que quer transbordar, para que dela manem as douradas águas, levando a todos os lábios o reflexo da tua alegria!

Olha! Esta taça quer de novo esvaziar-se, e Zaratustra quer tornar a ser homem”.

Assim principiou o ocaso de Zaratustra."

2 comentários:

  1. Tô te seguindo Briiiiaan!
    Qualquer coisa, se precisar de um help com o blog, tô aqui. XD
    Te amo, coisa fofa!
    Beijão!

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  2. Obrigado querida, e com certeza precisarei de uma ajudinha rs.

    Bjus, te amo.

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